Eu acho que se podem tirar algumas conclusões muito importantes deste problema:
- A importância e subtileza da informação:
É interessante notar como informação vital foi transmitida não de uma forma directa (o sábio a falar), mas de uma forma muito indirecta - através de eventos que NÃO acontecem. Eu acredito que isto acontece muito frequentemente no "mundo real" - muito mais frequentemente do que as pessoas normalmente acreditam. Ser capaz de reconhecer estas situações é um dom que (ainda) não possuo, mas que acredito que pode ser treinado e aprendido.
- As ferramentas utilizadas para compreender o problema - nomeadamente a decomposição do problema em partes e a utilização de uma forma de indução para extrapolar o resultado.
Existem várias técnicas para atacar problemas complexos - dividir o problema em partes, resolver problemas mais simples para depois extrapolar o resultado, tentar ganhar uma perspectiva diferente do problema, etc. A arte da extrapolação a partir de problemas mais simples está em saber como simplificar o problema de forma a continuar a incluir os elementos cruciais. Por exemplo, se para simplificar o problema eu tivesse dito que apenas um homem enganava a mulher em cinquenta, então as conclusões poderiam não ser extrapoláveis.
Acredito que também esta técnica pode ser aprendida e treinada, embora existem pessoas com mais predisposição que outras.
- E sobretudo: a importância de nos pormos no lugar dos outros para percebermos o mundo que nos rodeia (e mesmo a nós próprios) - neste caso o não cumprimento de tendências expectáveis.
Frequentemente na minha análise das outras pessoas surge-me a necessidade de tentar perceber ou prever um comportamento face a uma dada situação. Como primeiro passo normalmente tento encontrar situações semelhantes em que a pessoa tenha participado e que eu tenha presenciado e tento inferir o comportamento a partir do historial. Esta técnica é relativamente falível porque frequentemente existem pequenas diferenças que são aparentemente insignificantes para mim, mas que podem fazer toda a diferença para a pessoa avaliada e que podem afectar o seu comportamento. A melhor forma de tentar prever (na minha opinião) é conhecendo a pessoa e tentado pensar como ela para daí tentar perceber o que é que vai acontecer. Acredito que é desta necessidade de prever e conhecer que surge um comportamento de certa forma inquisitivo da minha parte. É também do facto de pensar que pequenas diferenças na situação/ambiente podem causar grandes diferenças na resposta (o princípio básico da teoria do caos) que faz com que frequentemente repita as mesmas perguntas em situações ligeiramente diferentes - mas isso já será um tópico para outro post!
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